Infelizmente hoje a superdotação é extremamente sub diagnosticada e muitos pais e profissionais ainda não conseguem enxergar na criança as características da superdotação como único “diagnóstico” (e entre aspas porque não se trata de um transtorno de desenvolvimento e sim de uma característica individual). Na maioria das vezes, as causas de procura no consultório de crianças com superdotação são por queixas comportamentais, inclusive com um baixo rendimento escolar.

Baixa auto-estima, depressão, ansiedade, perfeccionismo, irritabilidade e não-conformismo são características que podem estar presentes entre esses comportamentos, gerando muitas vezes a imagem contrária do esteriótipo de “aluno nota 10” que existe em torno desses casos.

Além disso, alguns dos sintomas, como dificuldades sociais, hipersensibilidades sensoriais e interesses excessivos em alguns assuntos podem confundir com quadros de Transtorno do Espectro Autista Leve ou Hiperatividade, mas com uma boa avaliação podem ser muito bem diferenciados. As crianças com superdotação podem apresentar as seguintes características: desenvolvimento motor precoce, maior tempo de atenção, precocidade na aquisição da linguagem e conhecimento verbal, curiosidade intelectual, com elaboração de perguntas em nível mais avançado e persistência para alcançar a informação desejada, aprendizagem rápida com instrução mínima, alto nível de energia que pode ser confundido com hipercinesia ou hiperatividade, leitura precoce, boa memória, preferência por amigos mais velhos, próximos a ele em idade mental e interesse por problemas filosóficos e morais.

Crianças com superdotação precisam de acompanhamento e muitas vezes adaptações e enriquecimento curricular nas escolas. Seu conhecimento é de extrema importância e ainda muito negligenciado.

O Ministério da Educação disponibiliza material com informações ricas no seguinte local: http://portal.mec.gov.br/component/tags/tag/32300

À disposição,